O Ministério da Educação vai pedir serviços mínimos para a greve dos professores às avaliações. Sindicato assegura que ministro tinha afastado essa necessidade e acusa Governo de se contradizer.
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O secretário de Estado da Educação, João Costa, admite que há um sucesso relativo na greve dos professores às reuniões de avaliação. No Fórum TSF, João Costa definiu o protesto dos professores como uma "greve self service" e justificou a necessidade de requisitar serviços mínimos para a paralisação, que irá continuar no mês de julho, quando decorre a 2.ª fase dos exames.
"Não podemos ter, em particular nos anos de exame, um único aluno com notas por atribuir à data da publicação das pautas", defendeu o secretário de Estado da Educação.
"Isso põe em causa o acesso ao Ensino Superior e a segunda fase de exames, por isso, entendemos ser pertinente solicitar os serviços mínimos", explicitou.
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Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), acusa o Ministério da Educação de contradizer-se, admitindo que o próprio sindicato tinha dúvidas quanto à aplicação de serviços mínimos e que a hipótese foi afastada pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues.
"Foi o sr. ministro que, insistentemente - e até sentindo-se injustamente pressionado pela nossa pergunta -, que assumiu que as avaliações, ao contrário dos exames, não têm serviços mínimos porque não são necessidades sociais impreteríveis, uma vez que uma reunião de avaliação pode sempre ser remarcada", esclareceu o secretário-geral da Fenprof, no Fórum TSF.
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João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), afirmou que Governo desconhece o que se passa nas escolas.
"Está a acontecer um movimento enorme de solidariedade dentro das escolas, que faz com que os professores e organizem e estejam escalados para que, em cada conselho de turma, se impeça a [sua] realização", garantiu o sindicalista, no Fórum TSF, lembrando que, para que as reuniões não aconteçam, basta que apenas um professor esteja em greve.
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