A presidente da ASPE pede aos enfermeiros que "suspendam imediatamente a greve". Já o presidente do Sindepor diz que não vai pôr fim ao protesto.
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A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) pede para que a greve em blocos operatórios seja suspensa de imediato, dadas as ameaças de marcação de faltas injustificadas a quem faz greve.
Num vídeo em direto no Facebook, a presidente da ASPE, Lúcia Leite, pede que os enfermeiros que têm aderido à greve cirúrgica "suspendam imediatamente a greve", mas que "não abandonem a luta".
https://www.facebook.com/aspe.pt/videos/2248441715426592/?__xts__[0]=68.ARAzJxyyrxr0GHIVHofcyWTYOfMamKiOhwutMO3Jy_5bESyBfN_diu_8naIO6ei7y1hY6OaQgTGAoRg9QwIqMKlx3TmRiQZBX6GD95UCdK1verfOkhmd1X9ffQAaJiu28T2mhDpybOzs80hi-TVVRYpQ38UGh5EbPa8bVbDxNRgNX3lUQjD0ajvjWNZEDrBqcf6Sg-0CXD18uKpO2BFJ9pbnp1dW2ghJgiXQtSOLZm2-Ai3aj2qRIscjafa1_MEvq3f_RoxWWQcOzemSzkOtqJD6GOIWLQoV_mmOVfGOuoho_ROMEq_IKUcDdR9EPWojvG2sWtmaPyY6zC1upSmNln2IFq8TROZFctw82Pow
"Entendemos que não é o caminho para os enfermeiros entrarem em batalhas judiciais desta natureza", afirmou Lúcia Leite, depois de ser conhecido o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-geral da República que considerou a greve ilícita .
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Lúcia Leite lamenta que o Governo trate "de forma tão desrespeitosa uma profissão que tem mantido os serviços abertos" e diz que a partir de agora vai imperar o "cumprimento escrupuloso da lei" - incluindo o cumprimento dos horários, o que pode por em causa o serviço.
Se os enfermeiros se recusarem a fazer horas extraordinárias, diz, podem ter de ser encerradas camas e serviços, mas "ninguém pode obrigar alguém que está contratado para fazer 35 horas a fazer 60".
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Já o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) diz que o parecer da complementar do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República não é um "impedimento legal" à greve e que só uma decisão dos tribunais pode parar os enfermeiros.
A Procuradoria-Geral da República considerou a greve dos enfermeiros ilegal por não corresponder ao pré-aviso e porque o fundo usado para compensar a perda de salário não foi constituído nem gerido pelos sindicatos que decretaram a paralisação.