A empresa Adubos de Portugal e a multinacional General Electric foram constituídas arguidas no âmbito do caso da legionella em Vila Franca de Xira, que provocou a morte a 12 pessoas.
Corpo do artigo
Contactada pela TSF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma "que foram constituídos nove arguidos - sete pessoas singulares e duas sociedades".
O comunicado não identifica os arguidos mas o jornal Público afirma que as empresas em causa são a Adubos de Portugal e a General Electric. O jornal explica ainda que há três técnicos de ambas as empresas envolvidos. Por identificar ficam quatro pessoas.
"O inquérito encontra-se em investigação e envolve recolha e análise de prova que se tem vindo a revelar como muito complexa e exames periciais igualmente de grande complexidade, alguns deles complementares a outros já realizados mas essenciais para a descoberta da verdade", acrescenta o comunicado da PGR.
Ouvido pela TSF, o presidente da câmara de Vila Franca de Xira diz que a constituição de arguidos é uma boa noticia. Alberto Mesquita acredita que a investigação está perto do fim.
O autarca espera agora poder processar os responsáveis pelo incidente que vitimou 12 pessoas em 2014.
Num comunicado enviado à TSF, a ADP Fertilizantes "lamenta profundamente as consequências nefastas deixadas pelo surto de legionella registado no concelho de Vila Franca de Xira". A empresa reitera "que cumpriu de forma inequívoca todas as obrigações legais decorrentes da sua licença ambiental que foi renovada em procedimento ordinário e sem qualquer alteração substancial ao seu conteúdo, a 20 de Outubro de 2015".
O caso remonta a 2014, quando um surto de legionella em Vila Franca de Xira causou 12 mortes e infetou 375 pessoas com a bactéria. De acordo com o balanço feito na altura, as vítimas mortais tinham entre 43 e 89 anos e eram nove são homens e três mulheres. A taxa de letalidade do surto foi de 3,2%.
Neste processo, que corre termos no DIAP de Vila Franca de Xira, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária.