Gomes Cravinho diz que será disponibilizada "informação nova" quando houver novidades. Na inauguração do Arquivo Histórico Militar, defendeu a "importância da continuidade" do trabalho nas Forças Armadas.
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Um dia depois de revelada a listagem do material de guerra furtado em Tancos - que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro do ano passado -, João Gomes Cravinho diz não ter novos dados sobre o caso, mas garante que serão disponibilizados no "momento em que houver".
"Não tenho nada a acrescentar neste momento, não tenho nenhuma informação nova, No momento em que houver informação será disponibilizada. Tomei posse no dia 15 de outubro, portanto, compreenderão que não tenho nada a acrescentar", sublinhou o ministro da Defesa Nacional, à margem da inauguração do novo Arquivo Histórico Militar, em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas, João Gomes Cravinho aproveitou, no entanto, a sua presença nas novas instalações do Arquivo Histórico Militar para, numa afirmação bem-humorada, referir que, o caso do Furto de Tancos deve, no futuro, fazer parte do passado.
"Daqui por algumas décadas tudo isto vai estar disponível aqui no Arquivo Histórico Militar, nessa altura tudo se saberá", disse o ministro, que, nos últimos dias adiantou ser "fundamental ter a garantia que as lições foram aprendidas" com o "caso Tancos" e que no "próximo par de semanas" será possível divulgar resultados da auditoria à Polícia Judicial Militar em curso.
Na visita às instalações, Gomes Cravinho esteve acompanhado pelo novo Chefe do Estado-Maior do Exército, general Nunes da Fonseca. Na intervenção, perante jornalistas e militares, o ministro manifestou "orgulho" na obra, mas lembrou o trabalho do antigo ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
"Era um assunto ao qual ele dedicava atenção e, obviamente, qualquer mérito que haja do lado do ministro da Defesa é dele, não é meu. Mas, o Estado é assim, tem continuidade, e, nas Forças Armadas - em tudo o que diz respeito ao ministério da Defesa - essa continuidade é da maior importância", vincou.
O novo Arquivo Histórico Militar, localizado na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, tem como missão guardar, tratar e preservar todos os documentos de valor histórico relativos ao Exército. No espaço atual, cabem, por estes dias, milhares de documentos que, em linha reta, equivalem a uma distância de cerca de 15 km.
"Temos agora novas possibilidades para o público em geral, os especialistas, os investigadores, os estudantes, e todos os que tiverem interesse na história militar, poderem vir conhecer melhor a história de uma instituição estruturante e experiências estruturantes da sociedade portuguesa ao longo dos séculos", salientou o ministro da Defesa.