A recente suspeita de que um surto do vírus Zika seja responsável pelo aumento dramático de casos de microcefalia em bebés no Brasil levou a que estejam a ser tomadas medidas para controlar a sua propagação nos países afetados.
Corpo do artigo
O principal veículo de propagação do vírus são os mosquitos Aedes aegypti, também responsáveis pela propagação de outros vírus, como o dengue ou o chikangunya. A espécie reproduz-se com facilidade em águas paradas, pelo que zonas urbanas com mau planeamento urbanístico e problemas escoamento de águas e resíduos são particularmente vulneráveis.
O combate ao vírus está a ser feito em várias frentes: no terreno, com ações de formação junto da população, fumigação e aspersão de inseticida nas ruas e casas, mas também no laboratório, onde se estudam formas para diminuir a taxa de reprodução dos mosquitos e se procuram encontrar tratamentos e vacinas.
Os sintomas nas pessoas adultas infetadas são semelhantes aos de uma gripe, mas especialistas no Brasil dizem que, em alguns casos, o vírus pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré, que faz com que o sistema imunitário ataque o sistema nervoso, levando a uma paralisia que se pode prolongar por semanas e que pode ser fatal sem a devida assistência médica.
Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, diz que o vírus deverá espalhar-se a todos os países do continente americano, com a exceção do Canadá e do Chile, mas há já registo de alguns casos na Europa, todos de pessoas que viajaram recentemente e estiveram em países afetados.
[twitter:692039772496400384]
O mapa acima, da autoria da revista The Economist, ilustra as zonas de maior risco de infeção com o vírus Zica. Num alerta publicado na sua página da Internet, a Direção-Geral da Saúde recomenda às mulheres grávidas que tenham permanecido em alguma das zonas afetadas que "consultem o seu médico assistente mencionando a viagem".