Se vai ao Carnaval no Brasil, proteja-se

Milhares de turistas estrangeiros chegam por esta altura ao Brasil para celebrar o Carnaval. O Presidente da Sociedade Brasileira de Infetologia alerta para um possível aumento do número de infetados com o vírus Zika.

Sérgio Cimerman aconselha cuidados redobrados para os visitantes. O uso de repelentes e o uso de roupas para cobrir o corpo são comportamentos a adotar para evitar a picada do mosquito que transmite o vírus.

O Brasil é neste momento o país com mais casos registados de infeção com o Zika. São já cerca de quatro mil. O Presidente da Sociedade Brasileira de Infetologia lembra que, mesmo que o combate comece a ser eficaz, as consequências podem estender-se por gerações. "O vírus Zika não tem um índice de mortalidade, mas ele vai deixar sequelas em inúmeras pessoas", especialmente crianças, alerta Sérgio Cimerman.

O responsável diz que este "é um problema de saúde pública grave. Hoje estamos a viver uma epidemia importante e precisamos de agir no combate ao mosquito de uma forma mais intensa e precisa" para eliminar o vírus.

Por isso, Sérgio Cimerman entende que as autoridades brasileiras deveriam ser mais ativas nas campanhas de prevenção. "Enquanto não tivermos uma consciencialização de toda a população para evitar as águas paradas onde há a proliferação do mosquito, nós vamos continuar a ter este número de casos a aumentar exponencialmente".

Nesta altura, já há registo de infeção por Zika em 25 países, maioritariamente no continente americanos, mas também na Europa e em África casos de visitantes que passaram pela América do Sul.

O vírus tem um período curto de incubação - menos de uma semana. Manifesta-se por febres, manchas, comichão e conjuntivite. Uma das consequências mais graves é o surgimento de casos de microcefalia em bebés durante a gestação se a mãe for contaminada.