Representante dos agentes da PSP pede que se estudem os números divulgados pela Inspeção-Geral que avalia o cumprimento da lei pelas forças de segurança.
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A associação sindical mais representativa dos agentes da PSP não fica surpreendida com o alerta da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) que diz que é "altamente preocupante" que 35% das queixas que recebe envolvam alegadas ofensas à integridade física por forças de segurança.
No último ano cerca de 250 participações contra a PSP e GNR envolveram agressões, número que não surpreende a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).
O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, admite que são situações preocupantes, mas diz que é preciso fazer uma "análise muito aprofundada das razões que levam por vezes os profissionais das várias forças de segurança a usarem a força física, sendo que em muitos casos a falta de efetivo, condições e meios leva a que seja muito mais difícil fazer o trabalho que faz parte da nossa missão".
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A associação sindical dos polícias avisa que a PSP é cada vez mais confrontada diretamente por quem comete crimes e não é por acaso que usa cada vez mais a força, pelo que não podemos culpar os polícias.
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Paulo Rodrigues defende que é preciso analisar "todo o sistema", o contexto e a falta de condições em que trabalham os polícias, recordando que as agressões a polícias também têm aumentado.
Para ler mais sobre o relatório da IGAI: Inspeção alerta. Queixas por agressões de polícias são "altamente preocupantes"