Greve dos enfermeiros às cirurgias será travada em dois hospitais e dois centros hospitalares, sabe a TSF.
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A requisição civil de enfermeiros aprovada pelo Governovai abranger os profissionais de quatro dos sete hospitais ou centros hospitalares onde decorre a greve às cirurgias, confirmou a TSF.
O Ministério da Saúde revelou ao fim da tarde que a medida vai ser colocada em prática, para já, nos hospitais de S. João e Santo António, no Porto, e em dois centros hospitalares, Viseu-Tondela e Entre Douro e Vouga.
Deste modo, ficam de fora o centro hospitalar Gaia-Espinho, o hospital de Braga e o hospital Garcia de Horta, em Almada.
Governo aprova requisição civil
"O Governo não teve alternativa", disse em conferência de imprensa a ministra da Saúde, Marta Temido, assegurando que a portaria que vai definir o âmbito da requisição civil será produzida ainda esta tarde, tendo a sua publicação efeitos imediatos.
"Face aquilo que é do conhecimento do Governo, de doentes cujas cirurgias foram canceladas e que estavam abrangidas pelos serviços mínimos, face à gravidade da situação, não poderia o Conselho de Ministros tomar outra opção."
António Costa já tinha admitido esta terça-feira, em entrevista à SIC, avançar para a requisição para travar a greve: "Chegámos ao limite daquilo que podíamos aceitar. Se for necessário, iremos utilizar esse instrumento jurídico", avisou.
O primeiro-ministro admitiu ainda "comunicar às autoridades judiciárias" o comportamento da Ordem dos Enfermeiros no sentido de dinamizar a greve, que considera uma violação à lei das ordens profissionais.
A greve dos enfermeiros decorre desde a última quinta-feira e estende-se até fim de fevereiro em blocos operatórios de sete hospitais públicos, sendo que a partir de sexta-feira passa a abranger mais três hospitais num total de dez.
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