Na semana passada, a Estação Espacial Internacional teve uma fuga que podia pôr em risco a vida dos astronautas que estão numa missão coordenada pelos Estados Unidos e pela Rússia. A agência espacial russa desconfia de sabotagem.
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Pode ter sido feita antes de descolar ou já em órbita, mas para a agência espacial russa, a Roscosmos, não há dúvidas: a fuga na Estação Espacial Internacional teve mão humana. Na semana passada, foi detetado um pequeno furo num dos módulos, que foi remendado pelos astronautas no espaço . Apesar de não ter mais que 2 milímetros, se a fuga não fosse detetada, em 18 dias a estação podia ter ficado sem ar.
Na altura, apontava-se como causa o choque com um micro-meteorito ou com lixo espacial. Mas a Roscosmos afastou essas hipóteses e garante que o furo foi feito do lado de dentro da nave e com recurso a uma broca.
Numa entrevista na televisão, o diretor-geral da agência russa, Dmitry Rogozin, adiantou até que há provas foram feitas várias tentativas de perfuração.
A agência espacial admite que possa ter sido um erro durante o fabrico, que só foi descoberto na semana passada, mas também não põe de parte a possibilidade de ter sido sabotagem por alguém da tripulação.
O caso vai continuar a ser investigado e a Rússia garante que vai descobrir o culpado. Para o diretor-geral da Roscosmos, é "uma questão de honra".