Nos Estados Unidos, a Monsanto foi condenada a pagar 290 milhões de dólares por não ter avisado para o perigo de um herbicida.
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Os ambientalistas consideram que a condenação da empresa química Monsanto num tribunal dos Estados Unidos está a projetar um movimento contra o glifosato.
Um tribunal de São Francisco condenou o gigante agroquímico a pagar 290 milhões de dólares por não ter informado a população dos perigos do herbicida Roundup, estando na origem deste caso o cancro contraído por jardineiro.
Em declarações à TSF, Margarida Silva, coordenadora da Plataforma Transgénicos Fora do Prato, considera a decisão histórica.
"Foi um castigo por causa da Monsanto ter-se comportado maldosamente. (...) O júri ficou convencido que a empresa sabia que aquilo causava cancro e para não perder o lucro, não avisou ninguém", afirmou a ambientalista.
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Para Margarida Silva, a decisão "vem consolidar a crítica de ambientalistas" que têm criticado o uso irrestrito do glifosato em Portugal e no resto da Europa.
A coordenadora da Plataforma Transgénicos Fora do Prato considera que "os dias do glifosato estão contados".
"Já ninguém acha que o glifosato tem futuro. Na União Europeia também vai chegar ao fim. Isto não é uma guerra contra os agricultores, é uma guerra contra produtos químicos que fazem mal a todos", disse.
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A Bayer, proprietária da Monsanto, já reagiu à decisão vinda dos Estados Unidos. A gigante alemã garantiu que o glifosato usado em herbicidas, é "segura e não cancerígeno" e só é prejudicial "se for mal utilizado".