
Reuters / Zoubeir Souissi
O porta-voz do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), considera que a lista com informações detalhadas sobre 22 mil combatentes do Daesh, é um como uma "mina de ouro". Felipe Pathé Duarte admite a presença de mais lusodescentes radicalizados.
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"Esta lista não deixa de ser uma espécie de mina de ouro, que congrega informação importantíssima no combate ao Estado Islâmico. O documento é uma ficha individual, há um conjunto de informação detalhada sobre cada indivíduo. Estamos a falar de uma base de dados muito importante, que a ser verdade capacita-nos no combate a esta ameaça: quer ao nível de monitorização individual, quer no foro judicial", defendeu o porta-voz do OSCOT em declarações à TSF.
Felipe Pathé Duarte sublinha que apesar da importância desta lista, os ideias e a forma de pensar do Daesh mantêm-se.
"É um passo gigante, um elemento que pode abanar a estrutura do Estado Islâmico, mas não quer dizer que o erradique. Porque acima de tudo a base do movimento jihadista global é a ideia, esta pode ser uma fragilização do estado islâmico mas não uma erradicação".
Quanto a portugueses entre esta lista de combatentes do Daesh, o porta-voz do OSCOT afirma que há fortes probabilidades de se encontrar mais lusodescendentes.
"Vendo o padrão dos portugueses conhecidos que integram o Daesh, vemos que a radicalização, o recrutamento e a ação violenta ou o chamamento para a ação violenta decorreu em países fora de Portugal. A possibilidade de mais descendentes integrarem as listas do Daesh é um elemento a considerar. Temos que manter essa situação em aberto", defendeu.