Foi apresentado esta segunda-feira o plano de resposta na área da Saúde às comemorações do centenário das aparições de Fátima que contam com a visita do papa.
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O plano de resposta na área da saúde às comemorações do centenário das aparições de Fátima, que contam com a participação do papa, servirá o momento, mas permitirá também testar meios de resposta a uma situação de exceção.
Segundo António Marques da Silva, presidente da Comissão de Gestão do Plano de Contingência para as Comemorações do Centenário das Aparições de Fátima, o que foi e está a ser definido para estas comemorações "pode ser útil para Fátima, mas também para ter meios testados para qualquer situação que possa surgir".
O responsável revelou algumas das medidas que já estão em curso e que visam, nomeadamente, apoiar os peregrinos a caminho de Fátima. Nesse sentido, "estão a ser feitas auditorias de saúde pública", nomeadamente em unidades hoteleiras e de restauração, nos principais caminhos que vão dar a Fátima.
"Ainda não chegámos à data de Fátima e já há acontecimentos a acontecer em Fátima", disse António Marques da Silva, acrescentando que "vai haver um dispositivo de vigilância epidemiológica para identificar e controlar algum surto e evitar que este possa alastrar e causar mais danos do que seria expectável".
António Marques da Silva garantiu que, feitos todos os cálculos, no recinto não será possível concentrarem-se mais de 600 mil pessoas.
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O responsável pela gestão do plano de contingência adianta que todos os cenários foram equacionados nomeadamente um atentado terrorista.
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O plano contempla a cooperação de 10 hospitais, de norte a sul do país, e vai mobilizar muitos profissionais de saúde. António Marques da Silva adianta que esta operação não vai comportar custos extraordinários.
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Além dos cuidados de saúde primários, dos hospitais que participarão nas respostas a vários níveis e dos hospitais de campanha que serão montados no local, este plano contempla ainda respostas para situações muito específicas, passando pela valorização da doença médica, do trauma e de outro tipo de incidentes: desde biológicos e químicos à saúde mental.
O transporte dos doentes irá envolver meios aéreos, como helicópteros do INEM e da Autoridade Nacional de Proteção Civil, e está prevista a criação de uma rede rádio entre o INEM e os hospitais, na eventualidade de uma quebra de comunicações telefónicas ou sobrecarga da rede de telemóveis.
Em relação aos hospitais, estes serão procurados mediante a sua proximidade, mas também de acordo com a especificidade da área da resposta solicitada, como politraumatizados ou queimados, só disponível em algumas unidades.
Assim, um primeiro eixo de resposta será assumido pela emergência pré hospitalar e um segundo (em maior proximidade geográfica e para situações de menor gravidade) será composto pelo Hospital Distrital de Santarém, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Centro Hospitalar do Oeste e o Centro Hospitalar de Leiria.
Existirá ainda um terceiro eixo constituído por unidades hospitalares com serviços de urgência polivalentes e maior capacidade para doentes críticos: Centro Hospitalar do Porto, Centro Hospitalar São João, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Centro Hospitalar Lisboa Norte.