O alto-comissário para as Migrações reconhece que há falhas no processo de integração dos refugiados, mas garante que metade daqueles que foram acolhidos em Portugal já estão a estudar ou a trabalhar.
Corpo do artigo
Em declarações à TSF, o alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado assegura que está a ser feito um esforço para melhorar os processos de integração dos refugiados.
"Não está perfeito nem está tudo bem feito", admitiu o alto-comissário, adiantando que as questões da falta de documentação dos refugiados estão já a ser acauteladas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
"Ao fim destes dois anos em que Portugal começou a receber as primeiras pessoas recolocadas, temos, neste momento, 50% destas pessoas com trabalho, com formação profissional, a estudar na universidade", afirmou Pedro Calado.
TSF\audio\2018\03\noticias\22\pedro_calado_1_n_esta_tudo_feito
O investigador Francesco Vacchiano aponta que os obstáculos burocráticos e os entraves administrativos impedem os refugiados de aspirar a uma vida digna.
À TSF, o alto-comissário para as Migrações considera que as conclusões do estudo são "precipitadas" e sublinha que o processo de integração dos refugiados é muito demorado - um problema que não se deve ao país de acolhimento.
"A integração de pessoas refugiadas é um desafio comum a todos os países do mundo que acolhem estas pessoas", garantiu Pedro Calado.
"Em média, as pessoas refugiadas acolhidas em qualquer um dos países da OCDE precisam de 20 anos, o que é muito tempo, para conseguirem equiparar-se aos níveis de integração (...) dos outros estrangeiros que vivem nesses países", lembrou o alto-comissário.
TSF\audio\2018\03\noticias\22\pedro_calado_2_desafio_integracao
O programa de recolocação de refugiados da União Europeia já trouxe a Portugal cerca de 1500 refugiados.