O Governo lembra aos proprietários privados que devem limpar a área à volta de casas, estradas e aldeias até 15 de março. Senão devem avançar os municípios, "até ao final de maio"
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No debate na especialidade do Orçamento de Estado 2018, o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, sublinhou que há "imenso trabalho para fazer" para prevenir incêndios e transmitir às populações "um sentimento e uma cultura de segurança que não tem havido até hoje".
"Queremos que, até 15 de março próximo, os proprietários privados tenham todas as áreas envolventes às aldeias, às casas isoladas, aos parques empresariais e mesmo na envolvente às estradas os seus espaços limpos de vegetação facilmente consumível pelo fogo, como os eucaliptos, os pinheiros, as giestas e as acácias", avisou José Artur Neves.
Para ajudar à tarefa, o secretário de Estado da Proteção Civil explicou que vai ser feita "uma listagem" para que "todos saibam o que têm de limpar".
Caso os proprietários privados falhem nesse dever, cabe às autarquias "desenvolver esse trabalho de modo a que, no final de maio próximo, tenhamos as aldeias seguras, os espaços verdes seguros, as estradas seguras, as matas seguras e os corredores dos gasodutos também seguros", disse o governante.
Indemnizações a "curtíssimo prazo"
No debate da especialidade, os socialistas apresentaram uma proposta para despesas com indemnizações, apoios, prevenção e combate aos incêndios, no valor global de 186 milhões de euros, dos quais 62 milhões são para "indemnizações decorrentes das mortes das vítimas dos incêndios florestais" de junho e de outubro.
Interpelado pelo CDS que defende que as indemnizações também abranger quem ficou ferido na sequência dos fogos, o secretário de Estado da Proteção Civil limitou-se a dizer "é sabido que a curtíssimo prazo estas situações estarão resolvidas".