Coordenadora do BE defende o apuramento de "todas as responsabilidades" no caso da pedreira de Borba, mas entende que, no imediato, deve ser dada prioridade ao resgate.
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A coordenadora do BE defendeu hoje que, no deslizamento de terras numa estrada entre Borba e Vila Viçosa, a prioridade "é fazer o resgate das vítimas e apoiar as famílias", considerando que chegará o tempo de apurar as responsabilidades.
À margem de um debate com jovens, promovido pelo Conselho Nacional de Juventude, na sede do BE, em Lisboa, Catarina Martins foi questionada sobre o deslizamento de um grande volume de terra na estrada entre Borba a Vila Viçosa, Évora, estando já confirmados dois mortos, operários da empresa que explora a pedreira.
"Neste momento, julgo que a prioridade é fazer o resgate das vítimas e apoiar as famílias. Terão de ser apuradas responsabilidades sobre o que se passou e esse tempo chegará. Hoje estamos concentrados neste apelo a que sejam resgatadas as vítimas quanto antes e a que seja apoiada a família", respondeu aos jornalistas.
A coordenadora do BE manifestou solidariedade "com a dor de quem está a sofrer esta perda" e, à pergunta sobre se este caso pode passar impune, Catarina Martins foi perentória: "Claro que não, mas cada coisa a seu tempo".
"Neste momento, em que ainda estão a ser resgatadas vítimas, como compreendem, nós achamos que a prioridade é para que sejam resgatadas as vítimas, para que as famílias tenham todo o apoio e, claro, todas as responsabilidades terão de ser apuradas, seguramente", insistiu.
As autoridades retiraram, esta terça-feira, o primeiro corpo de uma das vítimas mortais da derrocada em Borba, confirmou a Proteção Civil à TSF no local.
Cerca de 60 operacionais, entre elementos da Proteção Civil, engenharia militar, especialistas em Geologia e Minas e técnicos de extração de mármore estão esta tarde empenhados nas operações de resgate.