Para os que acreditam que o fim do mundo vai acontecer neste dia 21 de dezembro de 2012 a resposta é não. O receio da catástrofe está a levar algumas pessoas a fugir para uma aldeia distante no topo dos Pirinéus. Norte-americanos fazem planos para sobreviver à catástrofe e chineses já foram presos por distribuir folhetos a anunciar «tsunamis e terramotos».
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A ideia de que o fim do mundo será a 21 de dezembro 2012 resulta de interpretações do calendário da civilização Maia que indicam este dia como o final de um ciclo.
Os cientistas sublinham que não faz sentido acreditar em previsões de tempos tão antigos numa altura em que a ciência já se encontra a anos de luz dos conhecimentos desta época.
A primeira-ministra australiana até brincou com o assunto, num vídeo de 50 segundos, de promoção a um programa de uma rádio local, a Triple J.
«Meus caros companheiros australianos, o fim do mundo está a chegar. Afinal, o calendário Maia estava certo. Independentemente se o fim vier com zombies comedores de carne, bestas demoníacas ou o triunfo total do K-Pop, saibam que vou sempre lutar por vocês, até o final», disse em tom irónico Júlia Gillard.
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Mas mesmo assim há quem deixe de dormir e comer só a pensar na catástrofe, num tempo em que as teorias do fim do mundo se espalham na Internet como vírus.
A National Geographic dedicou mesmo um documentário ao tema, retratando norte-americanos que armazenam alimentos e constroem refúgios, tudo a pensar no dia do "juízo final".
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Na China dezenas de pessoas ligadas a uma seita religiosa chamada o "Deus Todo Poderoso", foram detidas por distribuir folhetos anunciando «grandes tsunamis e terramotos».
Alguns europeus acreditam que uma aldeia no topo dos Pirinéus será um lugar seguro para o dia do fim do mundo. Ludovic Broquet, um dos peregrinos de Bugarach, é um deles e afirma que procura «uma espécie de passagem» para se refugiar da catástrofe.
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Também o professor Hirota, um japonês que vive no Brasil e que se intitula vidente, fugiu com os seguidores para a cidade interior de Pirenóplis por acreditarem que uma onda gigante vai destruir quase todo o Brasil, à exceção da região central (Góias, Mato Grosso, Tocantis e Pára).
Os anúncios do fim do mundo não são de agora. Já em 1938 Carmen Miranda cantava sobre este tema, o "Samba Choro".
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