Tendo em conta a energia libertada e a intensidade, o abalo que atingiu esta quarta-feira a região espanhola de Múrcia foi mil vezes inferior ao do Japão.
Corpo do artigo
Em declarações ao jornal El Mundo desta quinta-feira, Maria José Jiménez, do Instituto de Geociências em Madrid, sublinha que quando falamos de terramotos é importante distinguir entre o tamanho - que mede a energia libertada e a intensidade.
O terramoto em Espanha está numa escala intermédia, 5,1 na escala de Richter, sendo mil vezes inferior ao de 9.0 que atingiu o Japão.
O que aconteceu em Múrcia não surpreendeu os sismólogos. Esta é uma das regiões com maior actividade sísmica em Espanha e que de ano para ano sofrem terramotos, que são cada vez mais frequentes, embora os habitantes não se apercebem.
Múrcia, Granada e sul de Alicante são as áreas de maior actividade sísmica em Espanha. Dada a sua localização, no extremo sudoeste da Europa e em contacto com o continente africano, o movimento contínuo destas placas é responsável pela actividades sísmica.
Um outro especialista, do Conselho Superior de Investigação Científica em Barcelona, disse ao El País que o sismo em Múrcia não atingiu uma magnitude superior como o do Japão, porque foi provocado por uma colisão das placas tectónicas e não por uma subducção, quando uma placa desliza para debaixo da outra.
Nos próximos dias são certos novos abalos, ainda que a população de Múrcia possa não se aperceber.
Entretanto, num novo balanço provisório ao sismo de quarta-feira dá conta de nove mortos, 130 feridos e cerca de 15 mil desalojados.