Duas associações ambientalistas fazem votos para que Passos Coelho não leve por diante a ideia de acabar com o Ministério do Ambiente e alertam para os riscos dessa medida.
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Durante a campanha eleitoral, o líder do PSD e próximo primeiro-ministro admitiu formar um governo com apenas dez ministérios e, nesse cenário, o Ambiente seria integrado no Ministério da Agricultura, Pescas e Mar.
Joanaz de Melo, do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (Geota), considera essa eventual medida «um péssimo sinal», porque «o Ambiente é essencial à nossa vida» e «é necessariamente um domínio transversal».
O Ambiente «cruza-se com a economia, mas tem de ter alguma independência face aos sectores económicos de um governo», advogou, prevendo que, se essa decisão for tomada, este Governo prejudique ainda mais o Ambiente do que o executivo anterior.
O Geota já pediu audiências ao líder do PSD, mas até agora ainda não obteve resposta.
Francisco Ferreira, da Quercus, encarou esta possibilidade como uma «despromoção» que indicia uma «perda de protagonismo da politica ambiental».
O ambientalista destacou ainda a importância de ter «uma politica que olha para os diferentes aspectos da qualidade de vida e que incide verdadeiramente sobre o Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável».