Ben Affleck foi novamente distinguido com o prémio de melhor cineasta do ano, desta vez pelo sindicado norte-americano de realizadores pelo filme «Argo».
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A três semanas da cerimónia dos Óscares e duas semanas depois dos Globos de Ouro, onde arrecadou os prémios de melhor drama e melhor realizador, Ben Affleck recebeu no sábado à noite mais um troféu em Los Angeles.
«Houve momentos na minha vida em que fiquei sem moral, em que estava completamente perdido. Não sabia o que fazer e pensei: 'Devia ser realizador'. Foi o que fiz. Trabalhei no duro para me tornar o melhor realizador, dentro do limite das minhas possibilidades», disse o realizador no Teatro Dolby, em Hollywood.
«Não penso que [este prémio] faça de mim um verdadeiro realizador, mas faz-se pensar que estou no bom caminho», acrescentou o ator-realizador de 40 anos, que já tinha estado atrás das câmaras em filmes como «Vista pela Última Vez» (2007) e «A Cidade» (2010).
«Argo», que conta a rocambolesca operação secreta de 1980 para retirar seis diplomatas norte-americanos do Irão durante a revolução do país, impôs-se nos Globos de Ouro, contra todas as expectativas.
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No sábado, Ben Affleck derrotou pesos pesados como Steven Spielberg («Lincoln»), Kathryn Bigelow («00h30 A Hora Negra»), Tom Hooper («Os Miseráveis») e Ang Lee («A Vida de Pi»).
O galardão foi-lhe entregue pelo vencedor do ano passado, o francês Michel Hazanavicius, cujo filme «O Artista» recebeu cinco Óscares.
Muitas vezes, o laureado com o prémio do sindicato de realizadores recebe também o Óscar de melhor realizador, mas Ben Affleck não terá essa honra, uma vez que não está nomeado para essa categoria pela Academia. «Argo» está nomeado para sete Óscares, sobretudo em categorias técnicas, mas também para melhor filme.
Entre os outros premiados da noite de sábado estão Lena Dunham, pela série televisiva cómica «Girls» e Malik Bendjelloul por «Searching for Sugarman», o documentário mais premiado da época.
O sindicato dos realizadores premiou também Jay Roach pelo seu telefilme «Game Change», que já se impôs nos Emmy e nos Globos de Ouro com um retrato da republicana ultraconservadora Sarah Palin (representada por Julianne Moore) durante a campanha presidencial de 2008.