A Cáritas Portuguesa registou um aumento de 91 por cento no atendimento de novos casos de pobreza entre 2010 e 2011, um número «preocupante e significativo», segundo o presidente da instituição.
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O presidente da Cáritas revelou ainda que nos primeiros dois meses deste ano a tendência continua a sentir-se, já que em janeiro e fevereiro verificou-se uma subida de 46,5 por cento de novos casos, em relação aos últimos dois meses de 2011.
Dos 95.342 atendimentos realizados no ano passado, 16.500 pessoas correspondem a novas situações de carência económica, precisou o presidente da Cáritas, informando que no ano passado o número de atendimentos cresceu 50 por cento.
«Neste tempo complexo e com problemas de grande magnitude são essenciais projetos inovadores que ajudem a cimentar o bem comum e minorar a carestia de um grande número de portugueses», pode ler-se nas conclusões do Conselho Geral da Cáritas, que esteve reunido desde sexta-feira em Leiria.
Hoje, no último dia dos trabalhos, o presidente da instituição salientou a necessidade da instituição avançar para «ações de urgência de sensibilização para a poupança e dos riscos da má gestão dos recursos financeiros», para que «os dramas na célula familiar não se acentuem».
Eugénio Fonseca explicou que a Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor ministrou formação a elementos da Cáritas e agora estes «animadores vão promover, por exemplo, formação ao nível da economia doméstica e da culinária».