A ASAE considera que não existe risco para a saúde pública, depois de avaliar as suspeitas sobre carne com vestígios de fenilbutazona, uma droga com propriedades anti-inflamatórias.
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«Os valores de resíduos de fenilbutazona alegadamente detetados em duas amostras, uma de hambúrgueres e outra de almôndegas, são vestigiais, pelo que efetuada a respetiva avaliação de risco, tendo por base os dados disponíveis, não se considera existir risco para a saúde pública», lê-se num comunicado emitido hoje pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
A ASAE diz ainda que continua atenta a esta questão, tendo solicitado informação adicional, «de modo a validar a metodologia utilizada».
Na quinta-feira, a Deco anunciou ter detetado vestígios daquele medicamento em produtos alimentares à venda em Portugal - nas amostras de hambúrgueres Auchan e nas almôndegas Polegar - o que é proibido na alimentação humana.
«Não existe qualquer resultado positivo em produtos com origem nacional», afirma a ASAE, referindo-se às «diligências até agora efetuadas».
A Autoridade continua, no entanto, a recolher amostras e a fiscalizar o mercado.
«Não está em causa uma situação de falta de controlo sobre esta matéria», garante, acrescentando que a proteção dos consumidores nestes casos é assegurada pelo Plano Nacional de Controlo de Resíduos.
Em Portugal, sublinha a ASAE, «não existe histórico da presença de resíduos desta substância na carne de cavalo analisada no âmbito dos planos de vigilância».
Já esta manhã, no Fórum da TSF, Jorge Reis, responsável pela investigação e pelos laboratorios da ASE, assegurou que podemos confiar nos produtos nacionais.