O presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) pediu hoje mais atenção aos idosos que vivem sozinhos, criando mecanismos sociais que vigiem o seu estado.
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Para Lino Maia, sempre que é descoberto um idoso morto em casa é porque houve algo que falhou no apoio social e que tem de mudar: «é importante que os nossos idosos mereçam maior atenção por parte de todos, da respectiva família, que lhes devem muito, e de toda a comunidade que tem deveres para com eles».
Desde o início do ano foram encontradas 18 pessoas mortas em casa, quatro delas só no passado sábado, duas em Lisboa, uma em Viseu e outra em Espinho.
Na opinião do Lino Maia, estes casos devem fazer com que se invista mais nas respostas sociais e no alerta que deve ser dado às famílias «para que assumam sempre as suas responsabilidades», sugerindo ainda que os vizinhos funcionem como primeiro alerta.
Lino Maia sugeriu também «uma espécie de apadrinhamento pelos jovens a idosos, particularmente aqueles que estão sós, ajudando-os a enfrentar e a vencer a sua solidão, a ter mais entusiasmo na vida. Os jovens também beneficiarão porque o idoso é sempre uma espécie de biblioteca de conhecimento, de serenidade e de experiência», apontou.
O presidente da CNIS compreende que os actuais recursos financeiros são limitados, mas defende que não é necessário mais investimentos, mas antes que sejam melhor rentabilizadas as respostas já existentes.