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Universidade de Coimbra
Ao reconhecer a Universidade de Coimbra como Património Mundial, a UNESCO reconhece também a importância imaterial da instituição, defendem o ICOMOS e o Reitor da universidade.
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A Universidade de Coimbra (UC) foi reconhecida este sábado como Património Mundial da Humanidade.
Os elementos do Comité da UNESCO consideraram que a Universidade possui inquestionável valor universal excepcional e destacaram, mais do que o valor arquitectónico, a importância do papel da instituição na cultura e lingua portuguesa e o valor que Portugal teve no mundo.
Ouvida pela TSF, Ana Paula Amendoeira, do Conselho Internacional dos Monumentos e Sitios (ICOMOS), explicou à TSF que o carácter imaterial da universidade foi muito importante.
«A canção, as repúblicas, as tradições académicas, todas as influências linguísticas da literatura, que a Universidade de Coimbra espalhou e tem em todo o mundo, tudo isso foi incluído na inscrição da UNESCO com este critério do património imaterial», explicou.
A área agora classificada pela UNESCO assenta em quatro núcleos da cidade de Coimbra: os colégios da Rua da Sofia, onde a Universidade começou, o Pátio das Escolas, "coração" da instituição, onde se situa a reitoria, a faculdade de Direito e a Biblioteca Joanina, os edifícios da reforma pombalina e o complexo do Estado Novo, na zona alta de Coimbra.
Estão ainda incluidos o Mosteiro de Santa Cruz e a Catedral, ou Sé Velha, que detiveram um papel preponderante na história da Universidade de Coimbra.
À TSF, o reitor da UC João Gabriel Silva confessou o orgulho que sente porque a distinção não foi tanto pelos edificios mas pelo significado cultural da Universidade.
João Gabriel Silva destaca o contributo que esta distinção traz para a missão da Universidade.
«Havendo no mundo apenas 2 ou 3 universidades que são reconhecidas como Património da Humanidade, estar num grupo tão restrito só pode ajudar à capacidade da universidade de atrair os melhores alunos, os melhores professores, os melhores projetos», adiantou.
O reitor da UC lembrou também o impacto que esta decisão vai também ter na região Centro do país, nomeadamente a nivel do turismo.