No dia em que arrancam as candidaturas ao Ensino Superior, continuam a faltar engenheiros informáticos em Portugal. As empresas, dentro e fora do país, continuam à caça destes profissionais de todas as formas que podem. A remuneração é um dos motivos da fuga de talentos.
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Apenas um terço da procura de engenheiros informáticos por parte das empresas é preenchido. São pelos menos esses os dados de um relatório da Associação Nacional das Empresas das Teconologias de Informação e Electrónica (ANETIE).
O Governo recomendou às universidades e politécnicos um aumento do número de vagas em várias áreas, entre elas Informática. Este foi aliás um dos cursos em que o número de lugares nas instituições subiu. São cada vez mais as empresas a pedir e menos profissionais disponíveis.
Cristina Fonseca é licenciada em Engenharia de Telecomunicações e Informática pelo Instituto Superior Técnico. Em 2011 criou, com outro colega, a Talkdesk, uma empresa com base tecnológica que só este ano espera dar emprego a cerca de uma centena de pessoas.
Em entrevista à TSF revela que para captar futuros funcionários, a Talkdesk utiliza diversas ferramentas, desde publicar anúncios nas redes sociais à procura nas instituições. A prioridade na contratação vai sempre para Portugal.
Mas são muitos os que optam por sair do país, a maior parte porque a remuneração é insuficiente. Raul Vidal, responsável pelo departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, garante que as vagas são insuficientes para tantas solicitações.