À escuta da telefonia das caraíbas ouvem-se dois mundos e duas leituras diferentes sobre a visita do Papa a Cuba.
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São duas abordagens distintas à deslocação de Bento XVI a Cuba, a rádio oficial do regime, a rádio Reloj de Havana fala de um sentimento de respeito e de afecto para receber o Papa; já a rádio Marti, transmitida a partir de Miami, dá a voz aos dissidentes.
O ativista Elizardo Sanchez Santa Cruz, presidente da Comissãop de Direitos Humanos e reconciliação Nacional de Cuba, sublinha que «pelo menos cem mendigos e indigentes foram detidos num hospital psiquiátrico nos arredores de Havana».
Por outro lado, o prémio Sakharov de 2002, Oswaldo Payá Sardiñas diz mesmo que o Partido Comunista está a organizar as missas do Papa para «situar de forma organizada os fiéis do regime e assim afastar da proximidade com Bento 16» os chamados dissidentes.
Entretanto, no seu último artigo publicado no blog geracção Y, a activista da palavra Yoani Sanchez escreve que «o governo começou uma limpeza ideológica para evitar que os activistas cheguem aos locais onde o papa vai falar» .
Yoani Sanchez queixa-se mesmo do corte nos envios de SMS para evitar que os opositores se possam mobilizar.