Para Michael Herrmann, o nascimento do habitante sete mil milhões significa um «grande feito» por causa dos progressos feitos, mas também é um «desafio».
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O conselheiro do Fundo das Nações Unidas para a População considerou que o nascimento do bebé sete mil milhões, que terá nascido esta segunda-feira, é um «marco na história».
Em declarações à TSF, Michael Herrmann entende que este marco «deve ser usado para reflectir sobre o que o mundo alcançou e nos desafios que estão associados a um mundo com sete mil milhões de habitantes».
Herrmann lembrou ainda que existem estimativas que apontam para o nascimento do habitante número sete mil milhões «mais tarde outras mais cedo», mas frisou que o importante é que este momento é de celebração.
«É um grande feito termos chegado a um mundo com sete mil milhões de pessoas. Significa que fizemos grandes progressos na diminuição da mortalidade infantil e também no aumento do tempo que as pessoas vivem saudáveis», assinalou.
Contudo, este responsável da ONU recordou que esta situação significa também um «desafio», pois «obriga a aumentar os esforços para reduzir a pobreza e garantir a sustentabilidade ambiental».
Michael Herrmann explicou ainda que «em muitos países, (Portugal é um deles), têm uma taxa de fertilidade em queda e associado a isso têm também um lento crescimento da população e não necessariamente uma população que já começou a diminuir».
«No entanto, se a tendência continuar, no futuro, Portugal vai acabar por ter menos pessoas. Muitos países estão preocupados com as consequências económicas desta evolução, mas estas preocupações são muitas vezes exageradas», explicou.
Este responsável da ONU lembrou que «muitos países têm uma população a envelhecer, mas uma alta taxa de desemprego, o que acontece em Portugal».
«Muitos países têm também uma grande parte da população em idade de trabalhar que não está no mercado. Não há falta de pessoas para trabalhar», concluiu.
Segundo a AFP, uma menina filipina, nascida dois minutos antes da meia-noite desta segunda-feira num hospital público da capital Manila, terá sido a habitante sete mil milhões.
Contudo, para a ONG Plan International, sediada no Reino Unido, a habitante número sete mil milhões nasceu num centro de saúde rural do Estado indiano de Uttar Pradesh, um dos mais pobres do país.