Incêndio de Bragança considerado o maior de sempre na região, prejuízos de milhões
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) apontou hoje o incêndio que lavra há dois dias em Bragança como «o maior de sempre na região com prejuízos de milhões de euros e uma área ardida de dezenas de milhares de hectares».
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«É o maior incêndio verificado na região desde sempre tanto em área como pelos prejuízos causados», adiantou à Lusa o diretor regional, Manuel Cardoso, indicando que as chamas já causaram «prejuízos da ordem dos milhões de euros com uma área ardida da ordem das dezenas de milhares de hectares».
A direção regional tem já técnicos no terreno a «recolher informações» e Manuel Cardoso prevê que «no máximo até ao final da próxima semana» possa já avançar com dados concretos.
O diretor regional garantiu que o processo será «muito rápido».
O diretor regional adiantou que não estão previstas na lei indemnizações para estes casos, mas a ajuda financeira à reposição do potencial produtivo, ou seja se um agricultor perder uma vinha ou um olival e outra cultura, o Estado financiará a replantação das mesmas e de outras produções agrícola.
«Não existe uma verba disponível para indemnizar as pessoas pela perda das suas produções, mas existem mecanismos financeiros para ajudar as pessoas a repor a sua capacidade reprodutiva», explicou.
O incêndio que deflagrou ao início da tarde e terça-feira em Alfândega da Fé alastrou aos concelhos de Mogadouro, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta e ameaçou várias populações.
O fogo já destruiu linhas de comunicações, campos, searas, olivais e amendoeiras, palheiros, anexos de habitações e mato.
Uma viatura dos bombeiros de Alfândega da Fé foi também consumida pelas chamas durante o combate.