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Um ano depois do acidente, ainda não está concluído o inquérito do despiste de um autocarro no IC8, junto á Sertã, que matou 11 pessoas. Os advogados lamentam a demora e o presidente do ACP pede a intervenção do ministro da Administração Interna.
A 27 de janeiro de 2013, o autocarro alugado para uma excursão caiu numa ravina no IC8, junto à Sertã. Na altura, decorriam naquela zona obras de melhoramento da via que seriam concluídas pouco tempo depois. Além do despiste do autocarro, havia registo de outros acidentes no mesmo local, ocorridos nos dias anteriores.
Um ano depois, a GNR de Castelo Branco diz que o caso continua a ser investigado pelo núcleo de investigação de crimes em acidentes de viação.
A GNR diz que já fez tudo que lhe competia e que para avançar e fazer uma reconstituição dinâmica em computador do que aconteceu é preciso, diz o major João Brito, saber o resultado de algumas perícias que estão a ser realizadas por outras entidades.
Em declarações à TSF, o oficial da GNR de Castelo Branco não consegue adiantar um prazo para concluir o inquérito. Sublinha, no entanto, que estes casos demoram tempo, sobretudo quando há tantas vítimas.
A TSF falou também com alguns advogados das famílias das vítimas. Dois lamentaram o tempo que o caso tem demorado. Um sublinha que, por este caminho, dentro de anos as famílias vão ser confrontadas de novo com a dor.
Um dos advogados, Raúl Matos, não dramatiza econcede que estas demoras são normais na justiça portuguesa. No entanto, sublinha que seria desejável outra celeridade neste processo.
Menos condescendente, Carlos Barbosa, o presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), considera que o ministro da Administração Interna devia exigir a conclusão do inquérito.
O presidente do Observatório da Segurança das Estradas e Cidades (OSEC), Nuno Salpico, escusa-se falar do caso concreto mas considera que a GNR não tem capacidade para avaliar este tipo de acidentes, nomeadamente para ajuizar sobre eventuais falhas de construção da estrada.