A inauguração do pontificado do Papa Francisco está a ser acompanhada hoje por mais de 130 delegações políticas e religiosas. Milhares de pessoas estão no Vaticano.
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O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, diz que 132 países anunciaram presença na cerimónia de hoje, com delegações de diferente amplitude e dimensão.
«Não há convites. Todos os que querem vir são bem vindos. Ninguém é privilegiado nem rejeitado», esclareceu Lombardi, citado no portal de notícias do Vaticano, clarificando que «a ordem depende do protocolo e do nível da delegação».
Claro que, reconheceu, há delegações com mais destaque do que outras, nomeadamente as de Itália, em cuja capital se situa o Vaticano, e Argentina, país de origem do Papa Francisco. Ontem, a presidente Cristina Kirchner foi recebida pelo Papa, em encontro privado.
Entre as presenças confirmadas contam-se seis reis, três príncipes herdeiros, meia centena de chefes de Estado e de Governo, líderes de organizações internacionais, como a União Europeia, vários ministros, deputados e embaixadores.
O Presidente da República, Cavaco Silva, vai chefiar a delegação que representa Portugal, da qual faz também parte o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
Entre os chefes de Estado mais mediáticos está o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, proibido de viajar para o espaço europeu, mas que já está em Roma.
A nível confessional, 33 congregações cristãs marcam presença na cerimónia, bem como representantes muçulmanos, budistas, sikh, jainistas e judaicos (cuja delegação, com 16 elementos, o Vaticano destaca como «muito importante»).
As cerimónias de inauguração do pontificado do papa Francisco começarão cerca das 9h00 locais (8h00 em Lisboa), com uma volta de carro pela praça, saudando os presentes, seguindo-se uma missa, meia hora depois.
A homilia será feita em italiano, mas o Vaticano antecipa que o papa Francisco, «como é seu estilo, provavelmente não seguirá fielmente um texto, mas improvisará». No total, «a celebração não deve durar mais de duas horas», não havendo desfile de oferendas nem distribuição da comunhão pelo próprio papa, anunciou Lombardi.