O Papa Francisco, que está esta manhã em Assis, no centro de Itália, lembrou a tragédia de ontem em Lampedusa. Francisco começou o dia com um encontro emotivo.
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Profundamente comovido, o Papa denunciou a «indiferença para com aqueles que fogem da escravidão e da fome para encontrar a liberdade, e são mortos como ontem em Lampedusa».
A visita a Assis, descreve a agência France Presse, começou com um encontro emotivo do Papa, que sorriu, beijou e disse algumas palavras a cada um dos cerca de 80 deficientes, com idades entre os 5 e os 45 anos, com quem se encontrou.
O Papa deixou de lado o discurso que tinha preparado e improvisou, afirmando que «Jesus está presente e escondido» nas crianças. «Os cristãos devem reconhecer as feridas de Jesus», disse.
Esta visita foi a primeira etapa de um programa de um dia, que prevê a passagem de Francisco por 13 lugares diferentes. Uma visita que tem um valor simbólico, uma vez que o Papa escolheu o nome de Francisco de Assis, filho de um rico mercador que, disse o líder católico, conheceu Cristo através do contacto com leprosos, no século XIII.
Trata-se do primeiro Papa a visitar a "Sala della spolazione", onde, em 1207, Francisco de Assis se despojou das vestes perante o pai, como sinal de que os bens terrestres foram destinados por Deus aos mais pobres.