Bento XVI terminou, este domingo, a visita de quatro dias ao seu país, que incluiu encontros com Angela Merkel e Helmut Hohl e ainda pedidos de desculpa às vítimas de abusos sexuais por elementos da Igreja.
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Antes da visita, Joseph Ratzinger avisou os seus compatriotas que não esperassem nada de espectacular, mesmo no campo ecuménico.
Pela primeira vez na historia, um Papa visitou um mosteiro de Lutero - o autor da divisão entre cristãos e católicos -, em Berlim, mas nada mais do que isso, o que se traduziu numa desilusão para os protestantes alemães, que esperavam sinais para a aproximação de uma eucarística comum.
Já no final da viagem, Bento XVI apelou à unidade da Igreja Católica na Alemanha marcada por uma oposição de peso.
O Papa valorizou mais um agnóstico do que um crente rotineiro e culpou a pobreza ocidental como fruto do relativismo e do individualismo cristão.
Com Angela Merkel e Helmut Kohl, o último chanceler da República Federal Alemã que conduziu o processo de reunificação da Alemanha, o Papa discutiu a instabilidade de uma Europa sem nexo.
Ratzinger não deixou de castigar a ditadura do nazismo e a ditadura do comunismo, responsabilizando-as pela actual crise de fé.
Nestes quatros dias de visita à igreja mais organizada da Europa, fica ainda o esforço de um Papa preocupado com o que julga essencial, um futuro com Deus, e ainda pedidos de desculpa a cinco vítimas de abusos sexuais por membros da igreja na Alemanha.