Prémio Pessoa 2013: PR destaca «estímulo para investigação científica nacional»
O Presidente da República considerou hoje que a atribuição do Prémio Pessoa 2013 à investigadora Maria Mota «constitui um estímulo para a investigação científica nacional» e «um exemplo» para os «jovens cientistas» nacionais.
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«A atribuição do Prémio Pessoa à Professora Maria Manuel Mota constitui um estímulo para a investigação científica nacional. A juventude da premiada e a elevada qualidade do seu trabalho científico, em prol da luta contra a malária, constituem um exemplo para todos os jovens cientistas portugueses», escreve o chefe do Estado, numa mensagem de felicitações divulgada no "site" da Presidência da República.
Segundo Cavaco Silva, a ciência deve «permanecer no centro da agenda nacional».
«A ciência - a investigação e desenvolvimento - é uma área em que Portugal tem vindo a fazer um percurso muito positivo e que deve permanecer no centro da agenda nacional. Este Prémio contribui para dar visibilidade a este propósito. Por isso, felicito também o júri do Prémio Pessoa», escreve.
Na mensagem, o Presidente da República felicita ainda as universidades do Porto e de Lisboa que, «entre outras organizações científicas, têm tido um papel de relevo» na atividade de Maria Mota, atualmente investigadora principal do Instituto de Medicina Molecular e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
A especialista no estudo da malária vai receber um prémio no valor de 60 mil euros.
Maria Mota nasceu no Porto em abril de 1971, licenciou-se em biologia pela Universidade do Porto, fez o mestrado em imunologia na mesma universidade e doutorou-se em parasitologia molecular no University College de Londres, lê-se na ata da reunião do júri.
Depois de um pós-doutoramento na Universidade de Nova Iorque, foi investigadora do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras. E, desde 2005, lidera um grupo no Instituto de Medicina Molecular de Lisboa.
O Prémio Pessoa é atribuído anualmente a uma personalidade que tenha sido "protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país".
Os neurocientistas António e Hanna Damásio foram outros dos investigadores galardoados com este prémio, que já foi atribuído a personalidades como o historiador José Mattoso, os poetas António Ramos Rosa e Herberto Helder (que não aceitou o galardão), o escritor Vasco Graça Moura, a pianista Maria João Pires, o arquiteto Eduardo Souto de Moura ou o ator Luís Miguel Cintra.