Maria Canelas, que pertence ao Cabido dos Cardeais, explicou, em declarações à TSF, que os alunos estavam envolvidos numa «guerra de cursos».
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Uma dirigente estudantil admitiu, esta quinta-feira, que a queda de um muro em Braga que matou três estudantes de Engenharia Eletrónica da Universidade do Minho ocorreu no contexto de uma praxe.
Em declarações à TSF, Maria Canelas, que pertence ao Cabido dos Cardeais, estrutura que fiscaliza o cumprimento da praxe académica, explicou que os alunos estavam envolvidos numa «guerra de cursos com medicina».
«A guerra de cursos consiste em palavras de ordem, cânticos que apelam ao curso. Apenas gritos de guerra e nada de contacto físico. E ganha o curso que conseguir gritar mais e fazer o outro curso desistir de gritar», esclareceu.
Questionado sobre o motivo pelo qual aquela praxe estava a ser realizada naquele local, Maria Canelas explicou que «aquela zona é muito próxima da universidade e de melhor acesso».
«É frequentada não só por quem faz parte da praxe, mas por todos os alunos e por pessoas que nem têm nada a ver com a universidade», adiantou.
Maria Canelas sublinhou ainda que a subida ao muro não fazia parte da praxe e que alguns estudantes subiram a este muro para festejar a vitória na guerra de cursos.
«Se fosse outra situação de festejo poderiam ter subido lá para cima, tal como todos os dias subiam pessoas para cima do muro», concluiu a dirigente estudantil, que lembrou que não havia qualquer sinalização sobre riscos de segurança à volta do muro.