Olivier Dahan, realizador do filme «Grace de Monaco», afirma sentir-se «insultado» pelas afirmações recentes da família real do Principado sobre o seu filme.
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«Quando li num comunicado [da família real] que o filme visava apenas fins comerciais, senti-me insultado», disse o realizador francês ao Journal du Dimanche.
O papel da princesa Grace, que foi atriz em Hollywood e que faleceu em setembro de 1982, é interpretado no filme por Nicole Kidman. O filme foi produzido por Pierre-Ange Le Pogam e é apresentado em Cannes fora da competição.
Em comunicado, citado pela AFP, a família da princesa argumentou não desejar que de «alguma forma seja associada a este filme, que não reflete a realidade, e lamenta que a sua história tenha sido objeto de um desvio para fins puramente comerciais».
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Olivier Dahan respondeu hoje afirmando jamais ter pretendido «fazer uma biografia». «Há acontecimentos verdadeiros e outros ficcionados, é o meu direito à ficção», afirmou o realizador francês.
«Sou um artista não uma historiador», sublinhou Dahan, que afirmou ter-se interesasdo por uma mulher «que inventou o conceito de princesa moderna» e que foi confrontada «com uma escolha decisiva, entre a família e carreira».
O filme desenrola-se em 1962, tendo como pano de fundo as tensões entre a República de França e o Principado do Mónaco, localizado junto à Côte d'Azur francesa.
O filme, além de Nicole Kidman, conta no elenco com o ator Tim Roth, no papel do príncipe Rainier III, que casou com Grace em abril de 1956, e ainda os atores Frank Langella, Parker Posey, Jeanne Balibar, Derek Jacobi e Paz Veja, no papel da soprano Maria Callas.