Apesar de baixa na atividade deste aeroporto, o presidente da câmara de Beja insiste que o projeto «tem pernas para andar» e lembra que todos reconhecem as «qualidades em termos de localização».
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Um ano depois do primeiro voo do aeroporto de Beja, os responsáveis por esta infraestrutura ainda não perderam a esperança, apesar de este aeroporto ser pouco usado.
Após este voo que teve como destino Cabo Verde, o aeroporto de Beja foi registando uma acalmia na sua atividade e agora o movimento diário resume-se a uma dezena de pessoas, a maioria funcionários da ANA.
Apesar desta situação, o presidente da câmara de Beja insiste que este projeto «ao contrário do que dizem, não é um elefante branco» e «tem pernas para andar»
Jorge Pulido Valente lembra que todos «reconhecem as qualidades em termos de localização» deste aeroporto, condições que melhorarão quando as ligações com a autoestrada estiveram concluídas.
Por estas razões, o autarca de Beja entende que há um «potencial por explorar», mas reconhece que «tem de haver uma estratégia de enquadramento».
Este presidente de câmara acredita tambvém que este aeroporto poderá ser escolhido como base para as companhias low-cost e ser o «Portela+1».
«O que acontece é que há lobbies com outro poder económico e com outro poder político junto do Governo de outras regiões do país que estão a falar mais forte», admitiu.
Por seu lado, o diretor deste aeroporto confirmou que 2600 passageiros passaram por este aeroporto nos mais de cem voos com origem ou destino em Beja em 2011 e que para 2012 espera-se um incremento das operações.
Pedro Beja Neves, que lembrou a existência de charters com destino à Alemanha e a França previstos para este ano, falou também na instalação de uma empresa de reparação de aeronaves no aeroporto ainda em 2012.
Este responsável explicou que a Aeromeg irá construir um «hangar com uma capacidade significativa» neste aeroporto para a «manutenção de aviões de pequeno, médio e grande porte».
«É um investimento voltuoso, mas que sobretudo vai criar cerca de cem a 150 postos de trabalho», frisou Pedro Beja Santos.