No dia em que é apresentado o estudo "25 Anos de Portugal europeu", a TSF retrata três áreas onde os fundos europeus deixaram mais marcas nos últimos anos. Do país dos quilómetros de alcatrão à formação profissional, passando pela saúde.
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Uma das marcas mais visíveis da entrada de Portugal na União Europeia (UE) foi o alcatrão. Os quilómetros de auto-estradas pelo país multiplicaram-se por 14. Entre 1986 e 2010 abriram 2500 km de auto-estradas e 3200 km de itinerários principais e complementares.
Portugal tem hoje uma densidade de auto-estradas duas vezes superior à média da UE (mas metade quando olhamos para os quilómetros de ferrovia).
Os fundos estruturais foram uma das vantagens mais visíveis da integração europeia. Entre eles, o Fundo Social Europeu, para apoio ao emprego, enviou para Portugal 18 mil milhões de euros de 1989 a 2011.
As ações de formação financiadas por Bruxelas tiveram quase 8 milhões de alunos desde 1989 e muitos portugueses fizeram uma verdadeira coleção de cursos financiados pela Europa, muitas vezes uma formação profissional quase inútil.
A saúde é claramente um dos pontos onde Portugal mais avançou desde que aderiu à então CEE em 1986.
A esperança de vida aumentou cinco anos e desceu a pique a taxa de mortalidade infantil. O estudo destaca o enorme investimento público. A despesa com saúde duplicou em 25 anos.
O documento revela contudo que muitos fundos comunitários foram mal usados. Por vezes, quem manda esquece-se dos custos de manutenção e de funcionamento. A TSF conta-lhe o caso de um centro de saúde que abriu com dinheiro europeu e agora funciona mal.