
Obras de remoção do comboio acidentado em Santiago de Compostela
Reuters/Miguel Vidal
Segundo o maquinista, a conversa, que antes tinha sido omitida pelos dois intervenientes, acabou poucos segundos antes do acidente, que resultou na morte de 79 pessoas.
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O maquinista do comboio acidentado na zona de Santiago de Compostela esclareceu, esta quarta-feira, que foi o revisor quem ligou momentos antes do descarrilamento.
A conversa entre Francisco Garzon e o revisor foi registada pelas caixas negras do comboio, tendo o maquinista sublinhado, em tribunal, que a conversa acabou poucos segundos antes do acidente, que matou 79 pessoas.
Ouvido pelo jornal El Mundo, António Martin disse que a conversa que teve com Francisco Garzon tinha como objetivo dizer ao maquinista para escolher uma linha mais próxima da estação da Corunha para facilitar a saída de uma família com filhos.
Anteriormente, em tribunal, o revisor dito que apenas tinha falado com Francisco Garzon na estação de Ourense ao abrigo do protocolo da Renfe.
Fontes da investigação, citadas pelo El Pais, acreditam que o revisor ocultou este dado para proteger o maquinista, que só em casos muito excecionais pode falar ao telefone durante a condução do comboio.