O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, declarou hoje que a situação na central nuclear está a estabilizar «pouco a pouco» e que as fugas radioactivas estão a diminuir.
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Questionado sobre a aparente contradição entre as suas declarações e a decisão de elevar para o nível 7 de gravidade o acidente em Fukushima nº1, Naoto Kan respondeu: «Reavaliámos o nível com base em verificações da difusão das emissões radioactivas por vezes elevadas».
A Agência de Segurança Nuclear Japonesa elevou hoje para o nível máximo de 7 na Escala Internacional Nuclear e Radiológica (INES, na sigla em inglês) o acidente na central nuclear de Fukushima, colocando-o no mesmo grau de gravidade da catástrofe de Chernobyl, em 1986 na Ucrânia.
Até agora, a Agência de Segurança Nuclear Japonesa tinha classificado no nível 5 o acidente na central nuclear de Fukushima.
O primeiro-ministro japonês afirmou que «a saúde dos cidadãos é o princípio director das decisões do governo».
Naoto Kan pediu aos japoneses que «retomem uma vida normal», após o período de contenção observado pela população na sequência da catástrofe de 11 de Março na região nordeste da ilha de Honshu (a maior do arquipélago nipónico), devastada por um sismo e um tsunami que causaram mais de 27 mil mortos e desaparecidos.