Alguns prisioneiros falam em tiros das autoridades sobre os prisioneiros da prisão hondurenha de Comayagua e garantem que os bombeiros tardaram a chegar ao local.
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Sobreviventes do incêndio na prisão hondurenha de Comayagua, que matou pelo 375 pessoas, acusaram os guardas prisionais de terem sido os responsáveis pelo elevado número de vítimas mortais.
Alguns dos prisioneiros relataram que os guardas prisionais atiram a matar sobre os prisioneiros quando estes tentaram salvar-se e garantem que os bombeiros só chegaram ao local meia-hora depois de o fogo ter começado.
«Foi o caos total. Pessoas a correrem para salvar as suas vidas e tiros a serem disparados. Pessoas a morrerem queimadas», confirmou o capelão da prisão, Reynaldo Moncada, que chegou ao local pouco depois de o fogo ter começado.
Elder Madrid, director da polícia secreta hondurenha, disse que as chamas foram ateadas após uma luta entre dois prisioneiros num dos blocos da prisão, um dos quais iniciou o incêndio, tendo apenas quatro dos mais de cem prisioneiros desse bloco acabado por morrer.
Contudo, alguns familiares das vítimas acusa o governo de ser negligente e um ouvinte anónimo telefonou mesmo para uma televisão hondurenha a acusar a polícia de ter iniciado as chamas depois de uma tentativa frustrada de fuga da prisão.