O tiroteio em Newtown levou o presidente Obama a dizer que é preciso tomar uma ação significativa. apesar de não mencionar o controlo de armas, a velha polémica voltou a saltar para o primeiro plano das notícias.
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O governador de Nova Iorque quer uma ação enérgica. Andrew Cuomo pede união na sociedade e afirma que, de uma vez por todas, «são precisas medidas duras contra as armas, que tiram a vida a muitos cidadãos inocentes».
Apesar da maioria dos massacres ocorrer em escolas, um especialista em segurança escolar afirma à Radio Pública dos Estados Unidos que há cada vez mais segurança nestes locais.
Há mais restrição de entrada e a polícia já não espera pelas equipas especiais.
Obama não abordou diretamente o tema, mas na campanha tinha garantido que o controlo sobre armas ilegais iria apertar. Além do mais, vai ser difícil mexer na lei porque no Congresso os republicanos opõem-se.
A 2ª emenda estabelece o direito à posse e porte de armas de fogo e foi criada na altura da fundação da América, que ainda nem tinha Exército.
A cada massacre, os defensores da 2ª emenda lamentam as mortes e vêm afirmar que a maioria destes crimes ocorre em locais onde é proibido o uso das mesmas.
Para além disso, são muitos os que não querem mudanças na lei defendem, sublinhando que mais regulamentos não significam menos violência.
Há um ano, na última grande sondagem sobre o assunto, mais de 70% dos norte-americanos mostrou-se a favor da posse de armas.
Mas quem é contra faz-se ouvir. A atriz Mia Farrow diz que «o controlo de armas já não é discutível, não é um 'debate' é uma ordem moral».
A humorista Sarah Silverman dá conta do descontrolo: «As pessoas da poderosa Associação Nacional de Armas quer mais acesso às armas para lutar contra todas as pessoas que têm acesso às armas».
Já o realizador Michael Moore, que defendeu a mudança num documentário, afirmou esta noite: «Os políticos e os especialistas dizem que não é o momento para falar sobre o controlo de armas. A sério? Então quando é o momento?», questionou.
Michael Moore defende uma «regulamentação estrita das armas e acesso livre aos cuidados psiquiátricos».
Desde que Michael Moore realizou o documentário sobre o massacre de Columbine em 1999, a segurança apertou.
Ainda assim, em 12 anos aconteceram 11 massacres, com um total de 134 mortes. Três deles foram em escolas e provocaram a morte de 40 crianças e adolescentes.