Muçulmanos, católicos, ortodoxos e judeus vivem lado-a-lado em Sarajevo, capital da Bósnia. O coronel António Oliveira, da GNR, fala do ambiente tolerante que se vive na cidade onde a selecção portuguesa está alojada para o confronto desta sexta-feira de Zenica.
Corpo do artigo
Década e meia depois da guerra da Bósnia, muçulmanos, católicos, ortodoxos e judeus vivem em aparente harmonia na capital deste país.
Entrevistado pela TSF, o coronel António Oliveira, único oficial da GNR que se encontra em serviço na Bósnia, lembra que os «conflitos já acabaram há muito tempo», muito embora «haja de vez em quando algumas tensões étnicas».
«A situação é segura. A Bósnia é um país seguro», frisa este coronel da GNR que se encontra a prestar serviço em Sarajevo, cidade que acolhe a selecção nacional, que joga esta sexta-feira em Zenica, frente à Bósnia.
António Oliveira fala de «algumas dificuldades de investimento estrangeiro», mas entende que, «com o tempo, o país se desenvolverá».
«Tem potencial para se desenvolver, quer em termos turísticos, quer em termos de indústria que, hoje em dia, não existe muito, porque muita da indústria foi desmantelada», acrescentou.
Num país onde metade da população não tem emprego e onde hám uma elevada fuga ao fisco, António Oliveira entende que não é fácil tomar medidas de fundo.
«Há demasiados patamares. Temos um governo central aqui na federação, depois temos a República Srpska, que também tem um governo e dentro da fderação temos dez cantões, cada um deles com o seu governo. Portanto a tomada de decisão, pelo menos na federação, é sempre uma coisa complicada», concluiu.