Arménio Carlos considerou hoje que «qualquer ato de violência numa manifestação promovida pela CGTP, situação que nunca ocorreu, apenas e só favorecia o Governo».
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Na primeira manifestação organizada pela CGTP no local onde a 14 de novembro o encontro terminou em violência (já depois de ter terminado a iniciativa organizada pela CGTP, Arménio Carlos disse que a inter-sindical não fez «nada de especial para evitar a repetição dos distúrbios no passado dia 14 de novembro em frente à Assembleia da República».
O líder da CGTP sublinhou que continuam «a apelar a todos aqueles que participam nestas iniciativas a que o façam da mesma forma que o fizeram até aqui. Cada um com a sua autonomia e a sua independência, mas respeitem os objetivos e as orientações» definidos pela organização.
«Quanto mais se desviar a atenção daquilo que são os problemas centrais, mais se ilude aquilo que é a opinião pública», acrescentou Arménio Carlos, considerando que a discussão das propostas da CGTP no passado dia 14 de novembro à frente do Parlamento, «a partir das seis horas da tarde, depois daquelas cenas lamentáveis que ocorreram», foi calada pelos incidentes e a violência.
«A única coisa de que se falou foi de violência. E que jeito aquela violência deu ao Governo e àqueles que o apoiam, para desviar as atenções do essencial. Nós não queremos isso», afirmou aos jornalistas, no início do desfile, em que desceu a Calçada da Estrela à frente de umas três centenas de manifestantes em representação de várias estruturas sindicais filiadas na CGTP.
«Entendemos que não precisamos de recorrer a nenhuma forma de violência gratuita. Entendemos que a forma mais adequada de intervirmos é apresentando as nossas ideias, discutindo com as pessoas, fundamentando, argumentando e apostando sempre na participação de mais gente», sublinhou o secretário-geral da CGTP.
Em contrapartida, o sindicalista entende que «é altura de mudar de política, é altura de mudar de Governo e é altura de dar a palavra ao povo para que se exprima e diga o que quer para o seu futuro e para o futuro do seu país».
Neste sentido, apelou o líder da CGTP: «Não tenham medo do povo. Deixem o povo falar, deixem o povo manifestar-se, deixem o povo votar. Têm medo de quê? De perder o lugar? Deem o lugar a outros que façam melhor do que aquilo que eles estão a fazer».