
Uma cimeira muito difícil, com negociações muito difíceis sobre o orçamento comunitário, como antecipa o correspondente da TSF em Bruxelas, João Francisco Guerreiro.
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Os líderes europeus iniciarão formalmente os trabalhos às 20:00 locais (19:00 em Lisboa), com um encontro com o presidente do Parlamento Europeu -- instituição que tem codecisão em matéria orçamental -, tendo então início a cimeira extraordinária sobre o orçamento comunitário para 2014-2020, que se adivinha extremamente complexa, e longa, tais as diferenças que separam os Estados-membros.
A Herman van Rompuy, que assumiu a liderança do processo negocial, cabe a difícil tarefa de tentar conciliar as posições dos países economicamente mais poderosos (e contribuintes líquidos para o "envelope financeiro" da UE), que reclamam cortes profundos, e dos países com economias mais frágeis, os chamados "amigos da coesão", como Portugal, que consideram inaceitável a proposta atualmente em cima da mesa.
Na quarta-feira, Pedro Passos Coelho garantiu, num debate na Assembleia da República, que Portugal terá uma «visão realista» e não rígida, tendo em vista tornar viável um acordo entre 27 Estados-membros, mas considerou que «a proposta formulada pela presidência do Conselho é, a todos os títulos, inaceitável» para o país, pelo que «bloquearia uma decisão do Conselho que tivesse essa proposta como resultado final».