Sociedade

Escolas ainda não sabem o que fazer com professores e alunos do grupo de risco

José Carmo / Global Imagens

Teletrabalho ou baixa médica? Faltas ou aulas à distância? Faltam alternativas no ensino para quem a Covid-19 representa maior risco.

A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) insiste na urgência de o ministério da Educação definir regras para o novo ano letivo que acautelem a segurança de alunos, funcionários e professores que fazem parte do grupo de risco.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Diretores (ANDAEP), Filinto Lima, citado pelo Jornal de Notícias, as escolas ainda não têm orientações para planear aulas à distância.

Esta quinta-feira o diretor-geral do departamento europeu da Organização Mundial de Saúde, Hans Kluge, sublinhou ser mais prejudicial para os alunos manter as escolas fechadas do que reabri-las, e também o primeiro-ministro António Costa sublinhou que o país não vai voltar a encerrar todas as escolas.

Em declarações à TSF, Jorge Ascensão, presidente da CONFAP, diz que a falta de alternativas para os membros da comunidade escolar mais vulneráveis está a deixar os pais inquietos. "Preocupa quando as escolas dizem que ainda não sabem muito bem como é que se vai proceder, se é com ensino à distância ou trabalho isolado".

Jorge Ascensão defende ainda que melhor ainda seria "haver a possibilidade de, atempadamente, os professores que estão no grupo de risco o possam dizer", para que haja "um mecanismo de substituição célere", evitando atrasos no calendário escolar.

Citado pelo JN, o líder da FENPROF, Mário Nogueira estima que cerca de 12 mil professores pertençam a grupos de risco (cerca de 10% da classe).

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