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Anunciada tolerância de ponto em Moscovo esta segunda-feira

O Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, e o autarca de Mosco, Sergei Sobyanin Sergei Karpuhin/Sputnik/Kremlin (arquivo)

Sergei Sobyanin pede aos moscovitas que se abstenham "ao máximo" de circular pela cidade.

O presidente da câmara de Moscovo anunciou que concedeu tolerância de ponto aos trabalhadores da cidade nesta segunda-feira "para minimizar riscos" associados à operação "antiterrorista" que decorre na cidade devido à rebelião do Grupo Wagner.

No Telegram, Sergei Sobyanin anuncia que decidiu "declarar tolerância de ponto para segunda-feira - com exceção das instituições e empresas governamentais em trabalho contínuo, do complexo militar-industrial e dos serviços da cidade".

Os serviços da cidade estão "em alerta máximo" e o autarca pede ainda aos habitantes que se abstenham "o máximo possível de viajar pela cidade", admitindo bloqueios no trânsito "em determinados quarteirões e em determinadas estradas".

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

Gonçalo Teles