Sociedade

"Cem pessoas e seis máquinas" limpam lixo abandonado por peregrinos da JMJ em Loures

Ricardo Leão garante que os trabalhos de limpeza estarão concluídos entre quinta e sexta-feira Rita Chantre/Global Imagens

O autarca de Loures faz um balanço positivo do maior evento da Igreja Católica e afirma, à TSF, que este "foi um sonho concretizado" para os moradores do concelho, "que viveram durante décadas com contentores à frente".

No concelho de Loures, em Lisboa, está em curso até ao final da semana uma operação especial de limpeza para remover o lixo deixado pelos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O Parque do Tejo está a ser limpo por "cerca de cem pessoas e seis máquinas", numa zona onde dormiram perto de um milhão de pessoas no passado fim de semana. O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, garante, em declarações à TSF, que os trabalhos de limpeza estarão concluídos entre quinta e sexta-feira.

"Já temos um setor todo limpo - o setor mais junto ao rio já está limpo - e temos, durante o dia de amanhã [quinta-feira] e sexta-feira, no máximo, todo o recinto limpo", assegura.

Sobre o lixo deixado para trás "ou abandonado" pelos peregrinos, Ricardo Leão avança que são sobretudo "garrafas de água e sacos de cama", que - em caso de estarem em condições de reutilização -, são guardados num local "próprio" ao qual "todos os grupos de escuteiros" do concelho vão ter acesso para escolherem o que querem levar.

"Mas basicamente é tudo garrafas de água, sacos de cama que deixaram, kits de água, basicamente é esse o lixo que ficou espalhado ou abandonado pelos peregrinos", adianta.

Ainda assim, o autarca de Loures faz um balanço positivo da JMJ, destacando que o concelho vai beneficiar de dois novos parques e um passadiço que será inaugurado no início do mês de setembro, concluindo, assim, que o evento foi, para os moradores, "um sonho concretizado".

"Valeu a pena e vai valer a pena. Só naquela linha entre Santa Iria, São João da Talha, Bobadela e Sacavém, vivem mais de cem mil pessoas que viveram durante décadas com contentores à frente, portanto, este é um ganho incalculável e é um sonho concretizado daquelas mais de cem mil pessoas", assegura.

A inauguração do passadiço com 6,5 quilómetros está "prevista para a primeira semana de setembro", uma vez que neste mês de agosto os trabalhadores ainda estão a proceder à colocação de iluminação na zona.

Cristina Lai Men com Cláudia Alves Mendes