Política

Rui Tavares confia que partidos da coligação "Viver Lisboa" manterão "alinhamento"

André Kosters/EPA

Apesar de reconhecer que os partidos estarão "juntos em muitas coisas", ressalva que isso "não significa" que votarão sempre da mesma forma

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, disse este domingo confiar que os quatro partidos que integraram a coligação “Viver Lisboa” manterão o “alinhamento” e considerou uma “bela notícia” que Alexandra Leitão assuma o cargo de vereadora na oposição.

Em declarações à Lusa, no final do discurso de Alexandra Leitão, no qual reconheceu a derrota nas eleições autárquicas deste domingo, Rui Tavares antecipou que “certamente haverá sempre uma dose muito grande de alinhamento, de coordenação” entre PS, Livre, BE e PAN na autarquia da capital, lembrando que “já foi assim durante os últimos quatro anos”.

No executivo municipal, cada um dos vereadores eleitos pela coligação “estará com a sigla do seu partido, (…) mas reunirão antes de cada reunião de câmara, certamente partilharão os seus sentidos de voto”.

Rui Tavares considerou ainda uma “bela notícia para a cidade” que Alexandra Leitão assuma o cargo de vereadora na oposição porque “isso significa também que a credibilidade, a capacidade de liderança que ela tem, evidentemente transmite-se também às outras forças”.

“Estaremos juntos em muitas coisas, cada partido com a sua personalidade, com os seus ideais”, realçou.

Mas isso “não significa que votaremos sempre” da mesma forma, sublinhou, recordando que, “nos últimos quatro anos, o Livre votou muitas vezes de forma diferente do Partido Socialista”.

Mas comprometeu-se a fazê-lo “sempre com lealdade, com espírito de cooperação”.

Num balanço da coligação “Viver Lisboa”, o porta-voz do Livre considerou que “as convergências enriquecem sempre” e lembrou que “quem quis entrar em cada paragem [do elétrico da responsabilidade] entrou”.

Rejeitando estar a apontar o dedo à CDU (coligação PCP/PEV), que elegeu dois vereadores, Rui Tavares disse que “vai haver muito tempo para fazer essas análises” e notou que a lei eleitoral autárquica não é “compreendida na sua plenitude”, havendo “uma pedagogia muito importante a fazer”.

Abordada pelos jornalistas à saída do Fórum Lisboa, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, não quis prestar declarações, remetendo um balanço para "amanhã ou depois de amanhã, quando os órgãos do Bloco se reunirem".

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, não esteve presente no Fórum Lisboa.

Lusa