Política

Mário Soares defende «diálogo cordial» entre partidos

Mário Soares Lusa

Mário Soares defendeu, esta terça-feira, um «diálogo cordial» entre os partidos, considerando que «as pessoas conscientes» do país devem «fazer tudo para não agitar as águas».

«Todas as pessoas conscientes do nosso país devem fazer tudo para não agitar as águas e para que as coisas se tornem tranquilas. Desagrada-me muito se os partidos começam a chocar uns contra os outros e a não ter um diálogo cordial entre eles», afirmou.

Mário Soares falava aos jornalistas à margem da apresentação do livro "A Separação do Estado e da Igreja", na fundação com o seu nome, em Lisboa.

A propósito da data da separação entre Estado e Igreja, que está a completar um século, Mário Soares lembrou que fez «tudo para estabelecer relações entre Igreja e Estado muito correctas e muito respeitosas» no 25 de Abril.

A proximidade de Jaime Gama com o professor Luís Salgado Matos, autor do livro, e a leitura de 719 páginas sobre a separação do Estado da Igreja permitiu uma síntese da tese do sociólogo e historiador.

«O autor procurou dizer no fundo isto: os dois campos tiveram um enfrentamento errado que não faz sentido à luz dos tempos actuais», explicou.

Já Salgado Matos disse que anda por aí muito «bichinho» a dividir católicos e republicanos.