O líder do PSD afirmou que só estará disponível para entendimentos com outros partidos após a realização das eleições de 5 de Junho.
Numa visita à empresa Simoldes, em Oliveira de Azeméis, Pedro Passos Coelho declarou que só nessa altura se poderão concretizar os entendimentos a que o primeiro-ministro fez referência, na terça-feira à noite, numa entrevista televisiva.
«Nós primeiro precisamos de clarificação das eleições», explicou Passos Coelho, acrescentando: «É preciso que os portugueses, quando forem votar, digam exactamente o que querem - e não querem com certeza, é a minha expectativa, que tudo fique na mesma».
Na entrevista à TVI, José Sócrates afirmou que está disponível para entendimentos com qualquer que seja o líder dos sociais-democratas, considerando «não só possível como desejável um entendimento entre PS, PSD e outros partidos que se disponham a cooperar».
O líder social-democrata garantiu que «o PSD está aberto a entendimentos com outros partidos», mas declara: «O que é preciso em primeiro lugar é que o país diga qual é a mudança que quer, porque essa terá que ser respeitada no dia a seguir as eleições.»
Passos Coelho sublinhou também que para que haja uma mudança efetiva em Portugal, «é indispensável mudar o Governo que está hoje em funções» e os que colocaram o país na crise e «não têm condições para nos tirar dela».
«É preciso que o país conheça essa mudança e ela tem que ser liderada não por quem nos trouxe até aqui, mas por quem tem algum crédito para gastar daqui para a frente».
Caso seja o PSD a constituir o futuro executivo, «esse governo será aberto a outros partidos e até a personalidades que não têm enquadramento partidário», mas, mais uma vez, «isso ver-se-à depois das eleições».