Os dois conselheiros de Estado fizeram, na noite passada na TSF, a primeira análise ao acordo de ajuda externa a Portugal, negociado entre o Governo e a "troika".
O ex-candidato presidencial e conselheiro de Estado, Manuel Alegre considerou, em declarações à TSF, que, apesar do facto negativo de Portugal ter recorrido à ajuda externa, as linhas de orientação dadas a conhecer pelo primeiro-ministro sobre o acordo entre o Governo e a "troika" «são globalmente positivas».
«Acho que é positivo não cortarem o 13º mês e o 14º mês, não baixarem o salário minímo, não haver privatização da CGD, não baixarem as pensões mais baixas, tudo isso é positivo agora falta saber o resto», referiu Alegre.
Mais cauteloso, o também conselheiro de Estado, António Capucho, sublinhou que ainda não é possível fazer uma avaliação rigorosa sobre o plano de ajuda a Portugal, considerando que sober o acordo com a "troika" José Sócrates «pouco disse».
«O que ele [José Sócrates] fez, numa manifestação de pura propaganda, foi dizer aquilo que o acordo não tem, que é importante mas é muito curto para sabermos qual é o conjunto de medidas que vão ser propostas», comentou o social-democrata.